Due Diligence: guia definitivo para aplicar o processo e evitar riscos
10/10/2022

Due Diligence: guia definitivo para aplicar o processo e evitar riscos

Em transações grandes e de importância significativa, como fusão ou compra de empresas, precisa-se de uma série de cuidados antes de firmar de fato uma negociação, e uma dessas cautelas é o processo de due diligence.

Mark Zuckerberg, por exemplo, tomou conta das redes sociais, literalmente. Como CEO do Facebook, adquiriu o Instagram em 2012 por 1 bilhão de dólares.

Já em 2014 comprou, por 22 bilhões de dólares, o maior e mais conhecido aplicativo de mensagens, o WhatsApp.

E, com certeza, o Facebook não deixou os cuidados para trás ao realizar essas negociações bilionárias.

De forma geral, trata-se de ir além da aparência. É relevante para que as companhias envolvidas saibam o terreno em que estão pisando antes de envolverem seus nomes e também investimentos.

Então, se você tem como objetivo uma futura negociação, é imprescindível também realizar a due diligence para formar fusões ou aquisições de outros negócios com baixo risco.

Pensando nisso, este conteúdo foi preparado para você entender como aplicar o processo e, assim, se planejar em situações tão importantes como essas.

O que é due diligence?

Due diligence, ou em português, diligência prévia é o nome do processo realiza uma investigação completa de uma oportunidade de negócio, seja uma fusão de uma companhia com outra ou até mesmo quando uma empresa compra outra.

Melhor dizendo, é identificar os pontos fortes e possíveis fraquezas de um CNPJ para fortalecer a tomada de decisão. Na linguagem popular, é basicamente passar um pente fino na corporação de interesse.

Essa auditoria detalhada verifica os possíveis riscos que tal acordo pode revelar à instituição compradora, aos investidores, acionistas, parceiros de negócios e até mesmo aos próprios clientes.

De certa forma, o due diligence pretende avaliar as empresas-alvo para compreender a saúde fiscal das companhias e, assim, na hora de assinar de fato um contrato de compra ou fusão, ter mais segurança da transação.

Para que serve o due diligence?

Esse processo minucioso de investigação tem como objetivo analisar diferentes aspectos de um negócio antes de tomar qualquer ação que possa trazer perda aos investimentos, ou ainda, à companhia.

Até porque, em transações tão importantes como essas, muito pode se falar com o intuito de aumentar o valor de certa organização.

Então, a diligência prévia vem para constatar, ou não, o que foi falado e negociado até o momento. Ou seja, se os fatos são condizentes com a realidade.

Assim, podemos dizer que esse processo tem como propósito prever situações, antes de contratos serem assinados, que podem ser decisivas para a imagem de determinada empresa.

A escolha a ser tomada é baseada em dados e informações reais que foram certificadas através de documentos.

E isso é fundamental! Aliás, já pensou em firmar uma aliança que foge dos princípios morais que você acredita ou, ainda pior, que pode trazer mais prejuízos do que benefícios? É uma fria daquelas!

São tantos anos para se conquistar nome, reconhecimento, uma base sólida de clientes, que deixar tudo ir por água abaixo, por não ter analisado cautelosamente a situação, é algo inadmissível, né?

Quais as vantagens de fazer due diligence?

Além da tranquilidade na negociação, o processo:

1. Amplia a confiança entre as partes: As empresas se dispõem a fornecer informações e comprovar tudo o que foi negociado, e isso ajuda a estabelecer uma relação mais confiável entre elas.

2. Cria um panorama dos riscos e benefícios da negociação: Se tiverem pontos alarmantes e que precisam de cautela, eles ficam claros. Mas os benefícios da negociação também não passam despercebidos. Assim, é só colocar na balança o que faz mais sentido e tomar a decisão.

3. Gera valores mais conscientes e acordos adicionais: Com a visão 360°, pode-se estabelecer um novo valor mais condizente com a realidade.

4. Viabiliza a chance de desistir enquanto é tempo: É possível, através do due diligence, cancelar e voltar atrás em uma negociação antes mesmo que ela se concretize e prejudique seu negócio, caso verifique que a situação tem mais malefícios do que vantagens.

O que pode ser analisado no due diligence?

Você pode utilizar o due diligence para mapear um CNPJ de ponta a ponta, porém há aspectos-chaves que devem ser priorizados e analisados com mais recorrência, já que permeiam muitas decisões:

Contábil

São validados demonstrativos contábeis, índices de lucratividade, patrimônio e até mesmo se a instituição possui algum tipo de endividamento e, se sim, qual seu valor.

Trabalhista

Aqui são checados os riscos trabalhistas e como a empresa se comporta perante seus colaboradores. Então, avalia se o negócio atua de maneira responsável e de acordo com a CLT e se paga todos os encargos determinados.

Leia também: Compliance trabalhista: como a ação de parceiros impacta o seu negócio?

Fiscal

Essa parte do due diligence tem como intuito validar os riscos fiscais, como, por exemplo, se a coleta e o pagamento de tributos são realizados de maneira correta, para não gerar prejuízos financeiros com o Fisco.

Jurídica

A diligência prévia jurídica vai verificar todas as pendências legislativas que a instituição possui, como os contratos com seus fornecedores e demais aspectos do segmento que podem interferir nos negócios ou valor da empresa negociada.

Além das áreas abordadas acima, alguns outros fatores também podem e devem ser analisados, como questões ambientais, base de clientes cadastrados e até mesmo potencial de vendas.

Como realizar o due diligence?

Veja abaixo o passo a passo para o due diligence ser praticado com êxito:

Passo a passo para aplicar um bom due diligence

1. Formação da equipe

Antes de tudo, é necessário estabelecer quais serão os profissionais que analisarão todos os documentos e informações enviados a sua empresa.

Como envolve vários segmentos, é essencial que haja especialistas de todas as áreas, ou seja, advogados, contadores, analistas financeiros e, inclusive, administradores.

2. Estudo do negócio

Nesse momento, os profissionais estabelecidos farão um estudo amplo da empresa, como: quais são suas atividades, como funciona, características, valores e missão. É uma introdução necessária para solicitarem as informações de que precisam.

Lembrando que o estudo vai se afunilar de acordo com o objetivo do negócio. Logo, se for uma transação de fusão ou de compra, os pontos estudados podem ser divergentes.

Nessa etapa, uma solução que facilite a análise das diferentes informações pode contribuir para a assertividade dos dados, garantindo que as decisões a partir daqui sejam ainda mais seguras.

3. Solicitação das documentações

Depois de entender as principais questões da empresa, é hora de cada especialista identificar e solicitar as documentações necessárias para serem analisadas, como: registros contábeis, comprovantes de pagamentos de tributos, demonstrações financeiras, contratos, comprovantes de patrimônio etc.

É importante ressaltar que, junto com esses registros, é provável que venham contratos de confidencialidade, pois trata-se de informações sigilosas.

Como geralmente são muitos documentos, até que eles sejam enviados, pode levar um tempo amplo. Por isso, é bacana combinar um prazo com a equipe da instituição negociada, tornando a situação confortável para ambas as partes.

4. Análise das documentações

Agora é com o seu negócio e sua equipe. Os profissionais designados irão fazer toda a análise, o estudo e a discussão para chegarem alguns pontos fundamentais para os negociadores.

5. Apresentação dos resultados

Geralmente, a apresentação é realizada através de um documento que a equipe formulará com as análises obtidas de acordo com cada área.

É uma espécie de resumo de tudo o que foi visto, são assinalados os pontos importantes, que variam de acordo com cada negociação.

Além disso, é relevante agendar uma reunião interna incluindo os gestores para serem discutidas questões pontuais e que favoreçam a decisão.

6. Tomada de decisão

Finalmente, após os resultados serem apresentados e debatidos, é hora de quem está à frente da transação tomar uma decisão e apresentar à empresa parceira.

Como agilizar o processo de due diligence?

Solicitar diversos documentos e analisar cada um manualmente é um processo que exige bastante tempo e concentração da equipe, é passível de retrabalhos, atraso nos prazos e custos operacionais.

É exatamente por isso que companhias de diversos portes e segmentos têm apostado em realizar as análises de crédito, jurídica e trabalhista através do dossiê reputacional, garantindo mais precisão e assertividade.

Em formato de relatório, esse tipo de documento proporciona uma visão estratégica, segura e confiável sobre o histórico do seu potencial aliado,

A tecnologia, como em tudo na nossa vida, veio para auxiliar a automação de muitos processos e providenciar, quase que imediatamente, um resultado que demoraria meses para sair.

Ferramentas como o Dossiê Reputacional da Midas Solutions consultam o CNPJ e extraem informações inteligentes relacionadas à reputação daquela empresa, como:

  • Verificação de processos judiciais;
  • Análises de cumprimento de obrigações trabalhistas e financeiras;
  • Listas restritivas que evidenciam ligação com trabalho escravo, corrupção e fraudes;
  • Irregularidades socioambientais.

Assim, você preserva o compliance e evita que sua companhia seja associada por tabela a um negócio com valores divergentes dos da sua companhia.

Conte com as tecnologias adequadas para realizar negócios importantes de forma segura, ágil, a fim de não prejudicar toda a imagem que você e sua equipe trabalharam tanto para construir!

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