Como montar um business case para justificar investimentos em tecnologia
24/09/2021
Como justificar investimentos em tecnologias de automação da melhor forma possível para C-levels?
O business case é a maneira mais eficiente de fortalecer os seus argumentos e auxiliar a alta diretoria na tomada de decisão.
Afinal, para pessoas responsáveis pela gestão o problema pode ser bastante evidente, mas a necessidade de automatizar as demandas do departamento precisam estar claras o suficiente para elevar as chances de aprovação.
Como mostrar que a automação pode trazer ótimos resultados para organização?
Como montar um business case de sucesso?
Elaboramos um passo a passo com boas práticas para você defender o seu projeto e transformar a ideia em ação!
O que é um business case?
Muito mais do que “vender o seu peixe”, o business case é um documento de apresentação referente à implementação de um projeto, ferramenta, estratégia, e nesse caso, um investimento em automação de processos manuais para uma determinada área.
Podemos dizer que o trabalho do business case é agregar valor e mostrar todo o potencial por trás da ideia.
Assim, esse documento carrega informações como benefícios, oportunidades e melhorias. Funciona mais ou menos como aquela defesa que você fez na apresentação do TCC para faculdade.
Você precisou entender a fundo o tema escolhido, identificar dores e oportunidades daquele cenário, ter argumentos bem fundamentados e apresentar resultados palpáveis para enfim, conseguir a aprovação da banca.
No mundo corporativo as coisas são bem parecidas, basear-se em especulações ou em discussões sem embasamento pode levar ao fracasso da sua justificativa e, se aceita, poderá acarretar sérios prejuízos para toda a empresa.
Agora que você já compreendeu qual é a importância e o objetivo do business case chegou o momento de entender como ele pode ser utilizado.
Vamos lá?
Como o business case pode ser utilizado?
O business case pode ser adaptado para qualquer necessidade ou gargalo dentro de uma companhia.
Por exemplo, se houver ineficiência na recepção de NF-e, a equipe da área fiscal pode elaborar um business case para conquistar a aprovação da diretoria para um investimento que automatize o processo.
Da mesma forma, o departamento de cadastros pode estruturar um documento que mostre a relevância de otimizar os processos de cadastros de clientes e fornecedores.
Já a área tax pode utilizar o business case para convencer C-levels da importância da automação no cálculo de tributos.
Como fazer um business case?
Antes de mais nada, vale lembrar que a intenção por trás do documento é refletir a necessidade e os benefícios que a organização pode ter ao adotar a automação!
Logo, o documento não pode ser raso, muito pelo contrário! Ele deve ser embasado em dados concretos e reais.
É importante dizer que por mais animado que você esteja com a ideia é preciso apresentar os riscos e as ameaças, caso houver. A transparência deve ser sua parceira em todo processo.
Sua apresentação irá guiar a alta diretoria pelos fatos, dados e informações. Ela precisa ser envolvente e bem-sustentada.
Dito isso, chegou a hora de colocar a ideia em ação.
Elaboramos esse guia com boas práticas, dividido em 6 etapas para facilitar a construção do seu business case.
1 – Análise do cenário atual
No primeiro passo, será necessário analisar a situação atual dos ambientes internos e externos. É importante identificar os pontos fortes e os fracos da empresa naquele momento.
Da mesma forma, observe quais são as novas tendências do mercado de atuação da empresa em que trabalha e do seu departamento.
O que há de novo? O que não funciona tão bem como antes? Há oportunidades que não estão sendo aproveitadas?
Esse é o momento de levar questões e respondê-las.
2 – Apresentação do problema
Chegou a hora de trabalhar com os acontecimentos e apresentar a história por trás do problema. Ou seja, mostrar os problemas causados pela ausência da automação em determinado processo.
Quais custos esse problema gerou? Quanto tempo o time responsável levou para identificá-lo e resolvê-lo?
Houve danos operacionais, judiciais, fiscais, contábeis, reputacionais ou financeiros? Qual é a frequência desse problema?
Se possível, conecte a história a valores, ou seja, tangibilize o problema a ser resolvido.
Apresente os custos dos processos atuais, mostre quantas pessoas são necessárias para realizar esse processo e em quanto tempo é realizado.
Destaque os problemas presentes na rotina de trabalho do seu time, como: pagamentos em duplicidade, erros nos cálculos de tributos, juros por atraso e complicações com o fisco.
É nessa etapa que a alta diretoria irá compreender a proporção do problema.
3 – Projeção
O business case é um olhar para o futuro.
Nesse sentido, se a automação não for implementada, quanto esse problema vai custar nos próximos meses?
Novamente, traga números e valores! Você pode fazer uma projeção a curto ou a longo prazo e utilizar indicadores para te ajudar.
Por que o projeto daria certo? Há chances de riscos?
4 – Quem
Vivemos em um mundo integrado. No ambiente corporativo, a interdependência entre as áreas está cada vez mais presente.
Por exemplo, o erro nos cálculos dos tributos pode gerar atraso na rota logística e, consequentemente, na entrega de uma mercadoria de grande importância para o cliente, que insatisfeito recusa a compra e pede o reembolso.
Áreas afetadas? Tax, logística, customer success, vendas e financeiro.
Por isso, é fundamental visitar os demais departamentos e entender como e quanto a ausência de automação nos processos do setor que você trabalha afeta as outras equipes.
5 – Objetivo
Problema contextualizado, agora é hora de apresentar os objetivos ao implementar a automação de processos.
Por exemplo, acelerar o recebimento de notas fiscais investindo em automação, irá:
- Reduzir o tempo do processo de dias para minutos
- Diminuir X% de custos
- Aumentar a segurança no compliance fiscal
- Padronizar documentos não estruturados em XML padrão
Mostre quais as melhorias podem ser alcançadas com a atuação em processos manuais.
Convide pessoas de outras áreas para participar dessa e de outras etapas com você, afinal, elas conhecem as dores de seus respectivos setores melhores que ninguém e poderão ajudar você a materializar os objetivos.
Esse também é o momento de explicar o orçamento necessário para colocar em prática a inovação.
Apresente como ela se encaixa na situação atual que foi apresentada na etapa número 1, qual será o cronograma de tarefa, se será necessário mudar a metodologia.
6 – Payback
O payback é um indicador financeiro que irá ajudá-lo a mensurar o retorno do investimento.
É claro que tudo vai depender da situação de cada empresa. Por isso, estude os valores apresentados na etapa 2.
Conecte-os com as projeções feitas na etapa 3 e com as melhorias da etapa 5.
A estruturação do documento fica a seu critério. Você pode formular os dados numa apresentação em slides, ou se preferir no formato de texto, no Word.
Outra dica é seguir as etapas acima para organizar os tópicos do projeto e não deixar nenhum ponto solto.
Agora que você já entendeu como formular um business case de sucesso, acredito que não terá dificuldade na hora de justificar a implementação das soluções da Midas Solutions e revolucionar o setor em que trabalha.
Mas caso surja alguma dúvida, deixe aqui nos comentários abaixo!
Até mais 🙂