Saúde fiscal: 4 estratégias para garantir a sua empresa
25/01/2021

Saúde fiscal: 4 estratégias para garantir a sua empresa

Nós sabemos que os impostos não devem direcionar o comportamento da empresa, mas é preciso considerá-los desde o início da sua jornada.

Quanto antes você se organiza por meio de uma boa estratégia fiscal, mais rápido ela se atrela aos seus processos e procedimentos e menor a chance de ser pego de surpresa.

A relação entre as empresas e o Fisco é algo que passa por constante avaliação e por isso, todos os detalhes impostam.

Pensando nestas questões, hoje vamos apresentar algumas estratégias que vão te ajudar a garantir a saúde fiscal da sua empresa.

 E por consequência da sua relação com os órgãos fiscais com os quais seu negócio se relaciona.

Continue lendo para conferir!

 

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1. Mantenha um registro de riscos fiscais

É importante que as empresas estabeleçam, monitorem e mantenham um registro de riscos fiscais que precisam ser revisados pela diretoria regularmente. Ele deve conter:

  • Avaliação regular dos riscos fiscais internos e externos da organização e controles implementados para gerenciar esses riscos 
  • Identificação, monitoramento e documentação de controles e processos abrangendo os riscos fiscais derivados de todos os processos fiscais, incluindo os relatórios financeiros
  • Obter a auditoria das autoridades fiscais relevantes em relação a qualquer área de incerteza fiscal

 

2. Faça uma verificação da saúde fiscal

Os tributos no Brasil sofrem constantes e rápidas mudanças e fazer revisões periódicas garante a eficácia dos processos, já que existem diversas variações entre estados, municípios e o governo federal.

Esse tipo de verificação deve cobrir os princípios mais importantes das regras fiscais assegurando que suas obrigações estejam sendo cumpridas. Ela pode analisar itens como:

  • Erro nos formatos dos arquivos
  • Inconformidades legislativas
  • Desvio de informações
  • Atraso nas entregas

Um grupo de profissionais da sua empresa ou mesmo externo pode ajudar com essa verificação. Assim, é possível identificar problemas antes que seja tarde e eles já tenham chegado até o Fisco.

Além de analisar se os tributos estão sendo pagos corretamente e as regras fiscais estão sendo seguidas, também pode fazer parte dessa revisão a constatação da possibilidade de uso de incentivos fiscais.

A fim de encorajar a inovação, incentivos em relação à pesquisa e desenvolvimento, aos intangíveis ou até mesmo o setor criativo no geral são disponibilizados e você pode ter acesso a um ou mais deles.

Lembre-se de consultar seu contador sobre as possibilidades.

 

3. Use indicadores-chave de desempenho (KPIs)

A principal função destes indicadores é fornecer dados relevantes para que você consiga tomar decisões mais estratégicas.

No caso do departamento fiscal não seria diferente. Os KPIs ajudam a promover uma gestão mais eficaz dos impostos e com isso minimiza riscos financeiros.

Alguns dos KPIs que podem ser aplicados ao setor tributário da sua empresa são:

  • Total de obrigações entregues, que é um detalhamento de todos os impostos diretos e indiretos pagos, declarações, regulamentações e escriturações entregues
  • Montante de pagamentos irregulares, que é o valor total da diferença entre o valor do pagamento a ser feito e o valor que consta na nota lançada
  • Taxa de imposto efetiva: é o valor total que a empresa paga ao Fisco, por isso é um dos indicadores mais importantes
  • Quantidade de erros de emissão, que englobam valores e descrições de produtos na emissão de notas e enganos sobre datas que quando incorretos prejudicam os prazos 
  • Total de notas pagas no prazo, para garantir o compliance da empresa e melhorar processos, já que é a entrega no prazo correto é uma determinação por lei

 

4. Otimização tributária

A premissa da otimização tributária é buscar a carga tributária ideal da empresa, levando em consideração todas as possibilidades legais e adequadas por meio da aplicação das melhores práticas possíveis.

E para uma otimização eficiente, deve-se, primeiramente, levar em consideração o setor econômico onde a empresa atua e existe flexibilidade na forma de fazer negócio.

Afinal, tributos sobre vendas como o ICMS, ISS, PIS e COFINS são variantes de acordo com o formato da transação.

Por exemplo, uma empresa em que o comercial mude seu objeto para serviços de intermediação passa a contribuir com o ISS e não mais ICMS.

Mas para que você não confunda elisão (otimização) com evasão fiscal, que é um crime, é necessário conhecer profundamente a forma de operação da sua empresa e os tributos aos quais ela está sujeita.

Tendo isso em mente, sempre consulte especialistas antes de qualquer alteração no departamento fiscal da sua empresa.

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